sábado, 7 de março de 2009

A$ Razõe$ da Crise.

Finalizando a compreensão da crise...
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A Crise Financeira afecta todo o sistema económico? A explicação demonstra as razões da alteração económica global, a revolução do sistema económico mundial já está em marcha, comelando pelos EUA. Eis, uma opinião esclarecida e esclarecedora;
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Artigo editado pela:
MRA Dep. Data Mining – do site FinanceAsia.com

Jonathan Gardner, administrador e director estratégico do banco Morgan Stanley, com o pelouro dos investimentos em mercados emergentes globais, enunciou um conjunto de razões que explicam a irreversível manobra de desacoplagem dos mercados emergentes da economia americana:
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1. PIB Mundial: Os emergentes detêm uma quota de 30% da economia global ,de acordo com as taxas de câmbio actuais, tendo já ultrapassado a Europa desenvolvida;
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2. Demografia: A população activa mundial, até 2050, vai aumentar em mil milhões de pessoas. Os países ricos vão “perder” 120 milhões de trabalhadores;
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3. Motores do crescimento: O mundo americocêntrico está a moribundo. Este ano (2008) os mercados emergentes contribuirão em 60% para o crescimento global, contra 48%, em 2007. A China já ultrapassou os EUA, com 11%, no ano passado, e 12% este ano;
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4. Produtores gigantes/Consumidores ávidos: O gigantismo dos novos tigres da economia global, comandados pelos dinâmicos BRIC - Brasil, Rússia, Índia e China - são os agentes da mudança, plasmada transferência de poder económico dos “velhos ricos” para os “novos ricos”. Em conjunto, os emergentes têm matérias primas, capacidade industrial e capital humano de crescente qualidade, mais bem pago, logo, com mais dinheiro no bolso para estimular o consumo interno. Isto gera mais emprego, mais produtividade e dinâmicas assimétricas de crescimento e distribuição da riqueza produzida a nível planetário;
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5. Militarismo americano faliu a América: Actualmente são visíveis os resultados da crescente independência dos “emergentes” face aos EUA. A sua taxa anualizada de exportações ronda os 20%. Desde a última recessão americana no início do século XXI, o comércio entre os “novos tigres” anulou os efeitos das quebras de encomendas dos clientes americanos. Isto significa que a economia estadunidense perdeu peso e influência no comércio internacional. Os EUA não chegam a consumir 1/5 das exportações dos “emergentes”. O comércio entre emergentes, e entre estes e a Europa, chega e sobra para aguentar qualquer crise de consumo no mercado norte-americano; A superpotência mundial tem crescentes dificuldades de acesso ao crédito/financiadores externos para fazer face aos crónicos défices orçamentais e à insustentável dívida pública federal (+ de USD 9 milhões de biliões/trilhões) para financiar as desastrosas e caríssimas aventuras militares no Afeganistão e no Iraque. O Pentágono é o centro distribuidor das metástases que necrosam a economia do país.
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6. Mercado automóvel: As vendas de carros no mercado BRIC atingiu as 14 milhões de unidades em 2007 (80% do mercado americano), com uma taxa anualizada de crescimento de 20%. Em 2009, os quatro BRIC vão atirar os EUA para o segundo lugar no pódio das vendas de automóveis. Há apenas dez anos, o mercado automóvel asiático era três vezes mais pequeno que o americano.
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7. Telecomunicações móveis: Os BRIC já ultrapassaram o consumo conjugado dos EUA e da Europa, que hoje representa escassos 33% do consumo global. A maioria dos equipamentos são não apenas produzidos, nos países emergentes. Também são consumidos pelos autóctones;
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8. Infra-estruturas: Nos quase 30 países emergentes analisados serão investidos, nos próximos 10 anos, cerca de USD 22 milhões de biliões (trilhões). Em 2017, isso representará 3.5% do PIB mundial, contra os actuais 2%. O desenvolvimento e a modernização das cadeias integradas de valor - I&D/Produção/Logística/Distribuição - terão um impacto de um rolo compressor na quota do crescimento global e na ifluência detida pelos países desenvolvidos;
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9. Resiliência e robustez económica: Os “emergentes” têm fundamentais sólidos, gordas reservas monetárias, saldos fiscais e comerciais positivos e, pela primeira vez nos últimos 100 anos, os seus sectores públicos passaram de devedores crónicos a credores ávidos de juros.
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O país mais endividado do mundo é governado a partir de Washington.
Com um sistema financeiro, desregulado, instável, desacreditado e volátil, o capitalismo americano iniciou o hara-kiri.
Em câmara lenta. Sem honra, nem glória.”

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