sábado, 23 de outubro de 2010

Panfletários e Políticas

AI Portugal, Portugal...
O mundo está a mudar
 Oh! Mar salgado; Quanto do teu sal;
São lágrimas de Portugal...
Agora Vox (de raíz latina, a voz do povo) é uma das páginas mais surpreendentes da Net francesa.
Com uma filosofia renovadora sobre a « informação » ou os novos meios de comunicação e divulgação da notícia,o livro por detrás do projecto "La révolte du pronétariat" de Joël de Rosnay (Fayard, 2006), prova que os grandes meios de comunicação perdem o domínio do controlo da noticia, devendo estes perceber e adaptarem-se a uma realidade global, onde o proletariado da Net, tem uma palavra a dizer. No campo virtual, a comunicação é aberta e verdadeiramente livre… cabe a cada um escolher o seu « interesse », a informação pretendida, e neste rastreio (surfar) a velocidade das redes sobrepõem-se a interesses e lobbys de várias latitudes. A França, com esta página remete-nos hoje ao ponto central da máxima expressão da democracia – égalité, liberté, fraternité.
A cidadania pressupõe a liberdade informativa

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Outono do Meu Descontentamento


Ah AH Ah ah ah ah
 ah ih ih ih
 ahhh ah ah
 ah AH AH AH
AH AHah ah
 ih ih ih
ah ah ah ah
ihhhh iiiih
ah ah ah
ihih ia ah ah
ahhhhh





Prosa Poética Sem Versos Nem Rima

Durão cativo e fraco na guerra de todos os males, tresmalhou-se…
Guterres olhou ao seu rodo e partiu, assustado pelo que viu…
Santana pulou descontente na valsa putativa da presidência…
E Sócrates chegou p’ra ficar, nas doze badaladas da fábula… estacou!

O povo votou PS, crédulo na sua genuidade e os socialistas perderam a liberdade…
A pedofilia arrastou-se entre abraços, pela lama debutante da Confraria…
Jornalistas, por políticos escorraçados, deram ética à desordem…
Tantos são os casos, que mais se ganha calando a boca de quem fala…

Aos seguidores da perdição, as promoções abrigam a desnuda cobiça…
São os gestores, vice e secretários, analistas e economistas, que emudecem…
Esfrega as mãos belzebu, senhor das finanças e das crises, que o terreno é propício…

Do manguito português desdenham os que subiram ao alto da árvore sem folhas…
Estancada a natureza da génese, sobra a indiferença da penúria dos prados quentes sem rios…
O português morreu defunto da política que tudo queima e à força de querer renovar, tudo mirra…

“-Aqui d’el rei que a república nos rouba!” ouvem-se alguns gritar, mas não é grito ainda, é sussurro quase surdo, de almas penadas pela desilusão de quem acordando vê o sonho destruído, um ranger corroído pela mentira. Falta-lhes a voz, de tanto espanto, tanto abismo…

As promessas quando ditadas nos lábios de mentirosos, nunca escrevem e sempre esquecem o anterior parágrafo, embalados que ficam pela cadência das palavras ocas e soltas ao vento...

E quem não sente, não é filho de boa gente. E “gente” no falar sem acordo significa multidão, povo, população, nação e resume que é humana, que é Pessoa.

"A humanidade sofredora é cega -
O resto é apenas ser..."

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Cem de Republica

António Sérgio, filho de um almirante governador do Congo, nasceu ma distante India, em Damão, vulto liberal da cultura política da 1ª Republica que pouco se importava se Portugal era monárquico ou republicano, era sim, um defensor do ideário socialismo cooperativista, algo que único fosse português, sem marxismos ou filosofismos. Foi um vulto do pensamento que se diz hoje, pragmático. Acreditava que um povo detentor de conhecimento e cultura podia ser de novo grande e propunha como ideário político uma reforma na estrutura do ensino, capaz de  atingir o nível do estágio dos países nórdicos. Tal como outros grandes nomes do seu tempo, conhecimento e cultura política eram um meio para fins altruístas, o serviço da causa comum, para o bem-estar e desenvolvimento do país.
Ao seu Idealismo Crítico, poderíamos hoje comparar quase à Teoria da Conspiração, no sentido que cabe ao indivíduo questionar sempre, o que se apresenta como dúbio ou turvo, duvidar sempre das verdades inquestionáveis da propaganda de massas, da ditadura de informação focada e condicionada com fins estranhos à liberdade do homem. Idealismo Critico é hoje mais necessário ainda, quando um politico se afirma não pelo valor das ideias, mas pela cénica da propaganda e controlo da acção política. Para um bom político é necessária a condição de ser um bom homem, com a aspiração comum da igualdade no bem-estar social.

Na biografia deste primeiro auto didacta político do inicio do séc. XX, escrita por Carlos Alberto de Magalhães Gomes Mota (um português de alma nascido em Moçambique) pode ler-se;

“Importante seria para Sérgio o progresso económico e moral do País.” (ver referencias  aqui)

Por essa razão o empenho da Republica, implantada por seus companheiros na dissidência e oposição, devia ser vocacionado para o ensino, no porvir enriquecedor da cultura do povo e dele se conhece a primeira verdadeira reforma do ensino no Portugal Republicano.
Como Ministro da Instrução (actualmente da Educação) em apenas um ano no cargo, António Sérgio fundou o Instituto Português do Cancro (o actual Instituto Português de Oncologia). Na educação propunha bolsas de estudo no estrangeiro. Difundiu novos métodos educativos; criou no marasmo pobre da cultura de seu tempo o conceito do cinema educativo; criou o ensino especial para deficientes, ou seja, comparativamente, fez mais pelo ensino que todas as reformas dos últimos tempos têm feito. Não desacreditou professores, deu-lhes antes ferramentas para melhor postularem a transmissão de conhecimentos em aprendizagem mútua da democracia, tal e qual... "Oh Captain, my captain"!.
Poucos são os ministros do alvorecer de Abril, capaz deste mérito do ideal socialista.
Isso mesmo se consagra na Suíça com o registo da passagem deste vulto cultural português;

“Entre 1914 e 1916 António Sérgio esteve em Genève no Instituto Jean-Jacques Rousseau (O bom selvagem), onde conviveu com um «micro-cosmos» muito influente no movimento internacional de renovação educativa.”
Desde a 1ª república que se reconhece o desígnio primeiro do bem comum: A cultura e o saber do povo, em prol da comunidade. Desde aí, com o tempo, mais distante fica este ideal.

Desde a 1ª Republica que não se deu ouvidos a António Sérgio, a assembleia não discutiu a sua proposta de formação de “quadros de excelência”). Mas não se esquece nunca um grande homem que simplesmente “queria treinar futuros cidadãos democratas pelo emprego de métodos da democracia política”. Podem hoje os governantes dele se esquecerem, os mesmos governos (porque democratas) a quem ele exigia a moral antes de tudo e dos governados pretendia um legado, o do saber ser democrático, um povo com acesso à informação e conhecimento, digno do usufruto da cidadania e prosperidade, em igualdade de dieitos e deveres.

Hoje importa lembrar de novo, que não cabe ao povo suportar a ostentação do rei, no pagamento da vassalagem. Hoje o rei está morto e deve ser o governante a suportar a emancipação do povo… a ponte da ignorância para o saber, deve ser de passagem livre e igual para todos, por essa razão lutaram os verdadeiros republicanos, pela comunidade lutam ainda os verdadeiros pensadores do futuro de Portugal. Pensar grandes obras é planear no tempo, assim partiram as naus das descobertas sonhadas pelo “Trovador”, partiram no dia em que foi plantado o pinhal de Leiria, conduzidos pelo Infante que ousou sonhar a obra das descobertas. O saber o manda, que primeiro se plante e depois se colha, na devida estação do tempo, da vida. Conduzir Portugal é planear o futuro…

100 Anos depois da morte do rei, do fim da monarquia, no Centenário da Republica, na actual Assembleia da República gostaria de ouvir um D. Juan qualquer, dizer a quem por falta de carácter e ética na tribuna fala;
-“Por qué no te callas?!”

Pela República e Pela Grei, mas Pelo Progresso.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

2010-Outubro no Espaço

Chama-se Gliese, está a 20 anos-luz da Terra na constelação de Balança e, segundo o Astrophysical Journal, apresenta todas as características básicas para ser habitável.

O planeta mais parecido com a Terra, foi descoberto por um grupo de astrónomos da Universidade da Califórnia (UCSC) e do Instituto Carnegie de Washington.
O responsável pela investigação, Steven Vogt, diz; “Acredito que existe 100% de probabilidade de vida neste planeta, já que, apresenta as condições ideais para isso”. 

Uma das razões pela qual os astrónomos se mostram tão seguros, é a distância que Gliese está da estrela mais próxima, a ideal para que haja água no estado líquido à superfície e a sua temperatura média, que oscila entre os -31 e os -12 graus Celsius.

O planeta não terá as quatro estações do ano da Terra, já que metade está sempre iluminada, enquanto que a outra se mantém na obscuridade – esta distribuição gera uma grande estabilidade térmica – “A vida neste planeta seria muito agradável disse Vogt.

Os astrónomos também descobriram que a força de atracção do planeta é similar à da Terra, entre 1,1 e 1,7 vezes superior, o que confere a capacidade do planeta Gliese manter uma atmosfera estável.
A sua orbita em relação à estrela (o sol de Gliese) é de apenas 36,6 dias.