sábado, 7 de março de 2009

A$ Razõe$ da Crise!


3ª Razão
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COMO ENTENDER AS MEDIDAS GOVERNAMENTAIS ADOPTADAS
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"Em praticamente todos os grandes estados industrializados os respectivos governos já impuseram programas de salvação estatais. Querem abastecer os bancos com dinheiro e equilibrar pelo menos uma parte dos prejuízos causados pela crise financeira. Na Alemanha os bancos são obrigados a enviar um fax ou uma carta para a vivenda amarela em Frankfurt, na Grã-Bretanha nem necessitam de entregar um requerimento, pois recebem o dinheiro de qualquer forma como acção preventiva.
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No fundo são agora os estados do mundo a financiar as novas casas na América, as provisões dos agentes imobiliários, os prémios dos banqueiros de investimento, os salários dos operários da construção. Mas ainda há uma pergunta por responder. De onde vem o dinheiro que os governos e os estados necessitam agora?
Os estados estão a pedir créditos para auxiliarem a economia. A resposta adequa-se perfeitamente a esta crise, tendo em conta como tudo começou. A Alemanha, os EUA, a Grã-Bretanha, todos se comportam como os compradores de casas americanos. Pedem um crédito e contraem dívidas.
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Na Alemanha este processo é da responsabilidade de uma empresa que se chama Agência Financeira da República da Alemanha e pertence a cem por cento ao estado alemão. No ano passado os 330 colaboradores desta empresa levantaram créditos no valor de 220 mil milhões de Euros para a Alemanha. A maioria destas dívidas só foram contraídas para poder pagar outros créditos já existentes. No entanto, desta vez foram mais 14 mil milhões de Euros.
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A agência financeira consegue este dinheiro através da venda de títulos de valor, as chamadas letras de câmbio governamentais ou bonds, que não são outra coisa que notas promissórias. A República Federal compromete-se a pagar o valor destas notas em cinco, sete ou dez anos ao comprador, obviamente com juros. Os compradores são p.ex. grandes fundos de investimento no Japão, nos EUA, na Singapura ou na Europa de Leste. E também a Gisela Schmidt, uma pensionista da Baixa-Saxónia.
Tinha investido 10.000 Euros. Isto foi na primavera, ainda antes do crash. Mantinha o dinheiro durante anos na caderneta até que o seu gestor de contas a convenceu de que estava a cometer um erro, porque assim não ganharia juros.
O gestor queria vender-lhe novos títulos de valor, certificados de um banco americano de nome Lehman Brothers. "É dinheiro seguro, não perca esta oportunidade".
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Com o seu título de valores federal a pensionista Gisela Schmidt ajuda a salvar os bancos. Gisela Schmidt de 69 anos, viúva e antiga secretária disse não. "Obviamente não me aventurarei nessas modernices que não entendo." Passados dois meses a Lehman Brothers faliu.
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Pois, a Gisela Schmidt comprou algo que já existe há décadas: um título de valores federal. O montante transferido para a conta da República Federal da Alemanha no Bundesbank em Frankfurt foi de 10.000 Euros. O dinheiro da Gisela Schmidt contribui para o financiamento do estado e ajuda a salvar os bancos., mesmo que ela não o saiba.
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Ela comprou o título de valores federal porque julgou ser um investimento seguro e por receber o seu dinheiro com juros após 7 anos. No dia 23 de Setembro de 2015 a Republica Federal da Alemanha transferir-lhe-á 12431 Euros e ela ganha dinheiro com as dívidas do estado. "O dinheiro irá para o meu neto", diz ela, "a pensão é-me suficiente."
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O neto chama-se Max, tem 14 anos e é fã do clube de futebol Hamburger SV. A crise financeira não o interessa. É possível que lhe suscite interesse daqui a sete anos, quando eventualmente já ganhará o seu salário, quando o governo possivelmente aumentará de novo os impostos, porque a dívida pública sofreu um crescimento enorme. É possível que o Max venha a perceber que os seus impostos são o fim de um grande fluxo de dinheiro, que já foi gasto à muito tempo no outro lado do Atlântico, na América. Tudo isto, porque outrora parecia ser um bom negócio construir uma mansão fabulosa... sob o céu da Toscania."
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”Eis aqui O que circula pela Net… A informação que a informação não dá.

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