segunda-feira, 25 de dezembro de 2006

Bom Natal

Façamos nossos, os votos do CIMAR, para todos os nossos amigos...

domingo, 3 de dezembro de 2006

Ó Farol

Esfuma-se o mar no Farol,
em ondas de invernia
quisera eu escrever
tal como Camões escrevia...
e dizê-lo como Pessoa o fazia;
Oh Mar! Oh mar salgado
quanto do teu sal..."

Português Suave


Entre o fumar e o matar... não escolha! Modere-se com Português Suave. O Estado (senhor de bem) optou por assinalar nos "packs" Fumar Mata. Mas, os Estados optam pela guerra, para "defenderem" a paz, a democracia. Os Estados não proibem a manipulação dos produtos nocivos no tabaco... incentivam, com o aviso de que faz mal... "provoca a impotência". A Nação (uma senhora de bem) é feminina e tem estilo, fuma desde há muito tempo, com moderação... fuma Português Suave. O Estado (seu marido) é um corrupto, bêbado, explorador do próximo, e todos os demais adjectivos miseráveis, que apenas reforçam o possível divórcio da Nação (a raça do povo) deste legislador preverso, que em vez de proteger os da Pátria (seus filhos) se ajunta à "vara" de perfíl suínico deste lobby escondido por entre as leis do sr. Estado ( o dito cujo).

( Moral da história: O estado devia proibir a adição de produtos cancerígenos no tabaco - seguramente) Isto foi notícia...

domingo, 26 de novembro de 2006

Mário Cesariny



Poeta e pintor morreu este domingo
(Excertos de)
A última entrevista de Mário Cesariny de Vasconcelos
De Vladimiro Nunes “Semanário O Sol”

Figura de proa do movimento surrealista português, Mário Cesariny faleceu na madrugada de domingo, após longa luta contra uma doença prolongada.
O SOL republica agora o último grande testemunho de um artista incómodo

Para o Mário, como começou o surrealismo?
Estávamos eu e o Alexandre O’Neill (em 1947) muito incomodados com os neo-realistas e ele, uma vez, trouxe-me um livro em francês e disse: ‘Lê isto’. Era a História do Surrealismo, do Maurice Nadeau, que, no final do volume, dizia que os surrealistas já tinham dado o que tinham a dar. Mas o nosso começo foi aí.

… E acabaram por conduzir à formação do grupo, Os Surrealistas.
Pois… Uma parte do nosso grupo andava na António Arroio – tanto do grupo dissidente, como do oficial. Estava o Fernando Azevedo, o Vespeira, o Júlio Pomar... Quanto a nós, estávamos eu, o Cruzeiro Seixas, o Pedro Oom… Depois, estes três ou quatro trouxeram o Fernando José Francisco e fizemos uma exposição, em que entrou também o Carlos Calvet.

(os Ingleses) São actores. Estão sempre a representar Shakespeare.

Um vagabundo chega à tabacaria e pede: ‘May I have a box of matches, please?’ Isto é linguagem de príncipe. ‘May I have’... ‘Poderei eu ter...Uma caixa de fósforos’. Um vagabundo. Os outros são iguais ou ainda mais sofisticados. Já os americanos são uma espécie de ingleses a quem tiraram a inquietação, a metafísica. De maneira que eles andam muito contentes, ‘How are you?’, ‘Fine, thank you’. Com imensas dores de estômago porque a comida é muito má.

O Mário também costuma falar de uma estada em Paris, financiada com a venda de um quadro da Vieira da Silva…
É verdade. Eu escrevi-lhe a dizer: ‘Maria Helena, estão a apertar muito o rabo do gato’. A polícia fazia-me lá ir como suspeito de vagabundagem. Então, a Vieira da Silva, através do Manuel Cargaleiro, deu-me um quadro dela, muito bonito.Eu só pedia dinheiro para a passagem, mas aquilo rendeu imensa massa, que eu fui conspicuamente gastar lá para fora.

Muitos de vós (grupo surrealista dissidente) seguiram caminhos diferentes, com algumas rupturas pelo meio.
A partir de certa altura, este grupo também se desfez. O Cruzeiro Seixas foi para África, o António Maria Lisboa morreu tuberculoso... Deixámos de nos procurar.E o Mário ficou isolado como representante do surrealismo em Portugal.Não pensava nisso. Nem as pessoas acreditavam. Para elas, o António Pedro continuava a ser o grande surrealista.
Com a democracia, esfuma-se a história do surrealismo.

O Mário continuou a escrever e a pintar, mas já sem aquele espírito de grupo.
O José Escada, o pintor, fazia umas coisas em papel vermelho, e fez uns cravos, os cravos do 25 de Abril, com uma dedicatória bonita: ‘Ao Mário, que há muito tempo desconhece o perfume’.

Diz que, para si, a pintura é mais terapêutica do que a poesia. Porquê?
Na poesia tens de escrever se estás zangado, se estás optimista, se estás paixonado. Coisas que na pintura não existem. Embora não seja, parece uma coisa mais impessoal. Não fala das dores de estômago ou das dores de cabeça, das dores de corno. O pincel não dá isso.

Como é que lida com o reconhecimento que tem recebido nos últimos anos?
Não dou muita atenção a isso, sabe? Recebi com alegria a Ordem da Liberdade, porque era a Ordem da Liberdade. Liberte chérie! Agora vivo num deserto. Tenho alguns amigos, muito poucos. Mas realmente não há onde ir, em Lisboa. Quer dizer, para mim, porque a gente mais nova junta-se nos pubs, com a música muito alta, para não terem de falar eles. Nem falar, nem pensar.

Já o ouvi dizer qualquer coisa do estilo: está o poeta, o artista, no pedestal, e depois volta para casa sozinho. O Mário sente-se só?
Acho que sim. Sinto-me só, com as minhas ideias, que me fazem companhia, e com um ou outro amigo que ainda existe, com quem fizemos batalhas, como o Cruzeiro Seixas ou o Fernando José Francisco… Ou o Mário Henrique Leiria, que morreu, o António Maria Lisboa, que morreu, o Pedro Oom, que morreu, o Henrique Risques Pereira, que morreu, o Fernando Alves dos Santos, que morreu... Tenho de me sentir sozinho. Estava escrito que eu ia durar até aos 80 e tais.

O Mário pensa na morte?
Não muito. Penso mais nas doenças.

Acredita na imortalidade?
Não sei. Quando lá chegar, eu telefono [risos]…

O telefone não tocou
Lá chegando, Mário
Talvez te esqueça a promessa
Ou, quiçá o seu contrário
Ou não haja possibilidades
Do pagar no destinatário
MIM

O poeta e pintor Mário Cesariny morreu Domingo de madrugada em sua casa, em Lisboa, cerca das 5h30, aos 83 anos.
Cesariny, nascido em Lisboa a 09 de Agosto de 1923, de pai beirão e mãe castelhana, foi o principal representante do Surrealismo português.

Além de poeta, romancista e ensaísta, Mário Cesariny dedicou-se também às artes plásticas, sobretudo à pintura.

domingo, 12 de novembro de 2006

Lusitânia - Nova Era

O mundo global é uma concepção mercantilsita. Vivemos na Era do Aquário, do plancton às grandes baleias, tudo está inter-ligado. Mas não será por isso que o peixe-palhaço perderá as suas cores para se transformar num peixe-espada preto. A razão de ser do Aquárius... é a diversidade das cores, das ideias, tendo por verdade unica a globalidade das verdades.

A Lusitania é pois o espaço da diversidade das concepções do mundo moderno. Designasse-mos um rei, e ele seria Viriato! Um reino, e seria a montanha da vida, com toda a sua diversidade. Rei e Reinado da Lusitânia, não se conquista, pois esta vivência encontra-se nos domínios do pensamento! Aos romanos dizemos; fiquem com a globalização, os lusos ficam com a "descoberta de novas eras".


Quem te sagrou criou-te português.
Do mar e nós em ti nos deu sinal.
Cumpriu-se o Mar, e o Império se desfez.
Senhor, falta cumprir-se Portugal

.
. . .
desenho de FP pelo traço de Almada Negreiros

Poesia Com Pinta

Ter Pinta é ser uma borboleta branca, sinalizada com uma marca natural,
Ser o próprio (poema MIM, foto Manuela Pestana do site Olhares)

Janela para o Olhar


Olhar o mundo... são sempre diferentes, os olhares. Dependem sempre da "perspectiva" do olhar,
dos tons da natureza viva, estes sempre diferentes.
O mundo segue sempre o mesmo, nós o vamos modificando... com o olhar.

sábado, 11 de novembro de 2006

Despertar dos EUA

Os EUA parecem despertar do sono capitalista, acordaram tarde para a democracia, e com tudo isso estamos perto do ponto sem retorno rumo à degradação... O filme de Al Gore apenas esclarece o que qualquer lusitano já sabia, que a natureza está a alterar os seus padrões de comportamento. O eixo de rotação da terra poderá ter sido afetado pelo grande Tsunami da Asia, mas é o crescimento económico desmedido que desiquilibra os continentes, e quando não há harmonia...

Antecedendo o filme documental de Al Goore, com estreia em Setembro de 2006, um documento científico de maior importância foi publicado em 2005. (c) 2005, Global Viewpoint
"O clima da Terra está quase a atingir, mas ainda não ultrapassou, um ponto de viragem além do qual será impossível evitar alterações climáticas de longo alcance e de consequências indesejáveis. Estas alterações compreendem não apenas a perda do Árctico como nós o conhecemos, com tudo o que isso implica para a vida selvagem e para as populações indígenas, mas também prejuízos em muito maior escala devido à subida do nível dos mares em todo mundo."

A Quinta Política


O "Guardador de Rebanhos", porque caíra uma tromba de água (?, agora é assim, não chove, trombeia), fechou as ovelhas na sala, e ligou o sistema dolby VHS DVD (a TV). Era quinta-feira, Outono sem pasto devido às cheias. As ovelhas nem tanto, mas as cabras adoram TV.
No canal público falava Santana, primeiro-ministro deposto... No canal privado (outro, não a PlayBoy) falava Cavaco, Presidente eleito.
Ficou confuso o pastor (não o rabino de estranhas barbas que tudo sabe - tirando a lacuna do reconhecimento do Messias).
O Canal Público é feito para o público, não é do público - era a lógica que via o pastor, enquanto fazia "zapping", entre o "posto" e o "oposto". O "oposto" lançara um livro explicativo, da teoria da conspiração dos "postados" (não a posta de cherne, sim "os eleitos", quase apóstolos). E veio à memória do pastor "o evagelho" de Saramago (sim, o Nobel, livro de reconhecimento mundial) deste pequeno mais antigo país da velha Europa) e uma lágrima saudosa rolou na face rude do pastor... a viagem pela "jangada de pedra" (mergulho profundo no interior da alma) entorpeceu-lhe o dedo acusador (perdera o fim à meada que se desfiava pelos canais), e sem querer, no zapping, quedou-se (como diriam os galaico-portugueses) a olhar a notícia do lançamento na aldeia natal (não global) do novo livro (não o novo testamento) do laureado (não coroado como fora o Nazareno)... um bébé ainda, "As Pequenas Memórias", de tão grande povo.
De repente o sol brilhou nobre e leal... na invicta terra. Éa hora de sair com as ovelhas para os campos alagados (ou ir pescar). Desligou a TV, levantou-se e suspirou:
Que quinta-feira política esta! Mmmééééé, concordou o rebanho.




Energia Magnética

Uma empresa Irlandesa avançou com um projecto tabú para a indústria da energia e do petróleo... uma energia revolucionária. A www.Steorn.com, promete divulgar os dados científicos para 2007 - a obtenção de energia gerada pelos campos magnéticos que se encontra em toda a matéria. Daí ser uma energia gratuíta, limpa e acessível a toda humanidade. A Steorn diz ter já passado a fase experimental, aguardando apenas a análise dos cientistas, tendo a comunidade científica recebido a novidade com espanto. Surpreendente é não estar em destaque esta notícia... em todos os órgãos de informação e debates sobre o tema energia alternativas.

Mares de Belém


Momento Mágico
Os gansos de Belém fugiram dos majestosos jardins do
Jerónimos,
abriram asas e voaram, levando consigo toda a saudade de
um povo,
e foram pousar noutro jardim, da Torre de Belém que viu as
caravelas a partirem
Aconteceu no ano de 2006, quando Mariza cantou a alma da gente lusa, na sua mais profunda interpretação do sentir
deste povo
Um concerto registado em vídeo, digno da memória do
“fado” português,
da memória de Amália, num ambiente místico dos cavaleiros de Avis,
da memória do Infante D.Henrique e da saudade encoberta de
D.Sebastião,
ali, na Torre de Belém, onde as caravelas largaram p’ra
novos mundos,
com o luar espraiado na noite, derramando toda a tristeza
Mariza cantou os versos na mesma língua da pátria de
Camões,
deixou fugir uma lágrima no meio do pranto que é seu
canto,
oprimida pelo peso da “saudade” que os gansos traziam
nas asas
e quis o “destino” que fadou este país, que nas palavras
do verso
as lágrimas caídas, como por milagre, se transformassem
em palmas
e registou-se um momento mágico, único e memorável.
Mariza, (dentro de MIM) dentro de nós, dentro do fado, do povo



Rota do Erotismo

Navegando pelas águas da Net, é preciso traçar um rumo definido na noite da blogosfera. Uma poesia clara como a lua e o brilho das palavras usadas, tal como a estrela da manhã dava rumo aos navegadores (a Vénus ou Afrodite).
A Rota do Erotismo é o rumo à fantasia das palavras que nos acordam, do Erotismo na Cidade adormecida, e tal como a queda de um anjo no abismo do prazer, mergulhamos numa lírica plena de sensualidade. Eroticidades aponta para as palavras usadas, gastas, que habitam entre a sexualidade incandescente e a sensualidade, não questiona a morte de Eros, assume a apologia do Falo, aponta um rumo ao Erotismo Urbano. Não navegamos rumo à mitologia que viu um dia, "das águas surgir uma deusa, branca como a espuma das ondas e longos cabelos loiros, pérola de beleza ofuscante e nua, pousando seus pés numa concha aberta". No quotidiano das cidades, este rumo pelas águas da blogosfera, leva-nos antes à lírica profana do mundo citadino, podendo acontecer perguntar, como ao Bocage, na saída do café Nicola; quem és, donde vens, p'ra onde vais... (e responder) Eu sou Bocage, venho do café Nicola e vou p'ra outro mundo se disparas a pistola...

Aviso à navegação

Uma façanha,"igual à que prometia a força humana", foi feita pelo prof. cat.Maltez. Devidamente assinalada no Abrupto, por JPP - nas águas da Net podemos navegar pel' O tempo dos tempos - Cosmopolis - de seu nome. Ano a ano, a síntese dos mais importantes acontecimentos que marcaram o mundo e a história de Portugal . José Adelino Maltez