sábado, 5 de maio de 2012

Uma Morte na Tribo

Morreu o líder ideológico do estado - Israel
Charles Corson, O pai ideológico do estado judaico, Israel, faleceu. (1931-2012)
Figura incontornável nos EUA, no esforço de garantir os apoios necessários, à criação de um novo território na Palestina para os judeus, que pretendia ainda mais amplo que o actual, Israel.
Nada mais se soube do estado de coma do antigo primeiro-ministro Ariel Sharon, e desta morte pouco mais se irá dizer, mas na História da Palestina ocupada, ou do novo Estado de Israel, Charles Corson será recordado como o mentor da ideia do novo Estado de Israel.
Charles Corson defendeu, que o genocídio judeu deveu-se a uma descriminação e perseguição racial, e não, ao facto do poder económico dos hebreus na Alemanha. Na comunidade judaica americana granjeou seguidores, judeus espalhados pelo mundo, no desígnio de terem uma terra sua. Uma das suas teses sobre a Inquisição da Igreja (o Vaticano, a França e Espanha), apontava o facto de que a perseguição aos judeus não era religiosa, excomungando judeus que não optassem pela cristandade (novo-cristão), mas sim racial.
Não percebeu que a causa estava no poder que entretanto os judeus ganharam junto das cortes, ao nível do pensamento cientifico, crítico das ideias vigentes (como Galileu), tal como mais tarde, na Alemanha nazi, seria o poder económico, a causa da sua  perseguição e desgraça.
A sonhada Terra Prometida viu tornar-se realidade, uma realidade sofrida também, pela guerra da ocupação, uma terra de bandeira com o símbolo da estrela de Salomão, alvo branco dos estilhaços e troar das armas revoltadas de um povo irmão, terra conduzida agora por um filho seu, o primeiro-ministro de Israel, Netanyahu.
Poderá este, com a morte do seu pai, desistir da expansão forçada de novos colonatos em território ocupado? Agora que se extingue a pesada sombra ideológica de um pai mentor, poderá o filho trilhar novos caminhos da paz? Um caminho sem o trepidar das armas?
A  Europa muito deve, na sua cultura Judaico-Cristã, ao espírito livre de pensadores de renome judeus, sendo também verdade que, este povo, foi o que mais originou guerras (desde os tempos do Império Romano, à 2ª G.G.M. e entre outras, a fratricida guerra do médio-oriente,) que muito atrasaram o progresso da humanidade, e a convivência pacífica entre os povos da terra.
Pudesse a morte de uma figura mítica ser retorno a um saudável respeito pelos princípios da sabedoria antiga, na fórmula iniciática dos grandes pensadores, a busca da felicidade pela convivência entre os povos... Que fosse possível o altruísmo das nações, sobre a primitivismo das tribos.
Que a repetição cíclica da História não nos leve a um novo confronto mundial, desta vez configurada na presunção, israelita, da ameaça nuclear do Irão.
Que prevalecesse em Jerusalém, os fazedores do Templo de Salomão! Fosse possível à Cultura Judaica uma nova aprendizagem, com os erros do passado, como já o fez a Cristandade (com o pedido de perdão da Igreja por seus erros), e de  novo ressurgiria no valor da cultura civilizacional do mundo, a cultura do pensamento humanista Judaico-Cristã.
De outra forma disse-o Mário Soares; “Desde que os judeus saíram da Alemanha que aquele país perdeu a sua capacidade de produção de pensamento intelectual”. In “ Visão“ 4 Maio