Os sinónimos livres... é que são os culpados
da imberbe nova Classe Politica
da imberbe nova Classe Politica
O conceito actual de “classe política”, não se filia nas
premissas de Trotsky, Marx ou Lenine, sendo conceito bordado e simplificado em ponto
cru, como capa de CD para novelas sul americanas, ou regravações não piratas, descarregadas
da genérica profusão de música pimba, daí não piratas.
Todas as
classificações passíveis de interpretações sócio-políticas mais abrangentes,
como “governar para o bem público”, ou “gestão do património e felicidade do
indivíduo”, que seriam afeitas à classe descrita, não estão aqui retratadas,
pois essas poderiam ser confundidas com pensamentos filosóficos filantrópicos e
aqui trata-se, apenas, da “Classe dos Governantes”, os que governam ou querem governar, a dita oposta classe.
Classe, sendo género, aqui é estilo.
Classe aqui é modus de vida operandis,
ou simplesmente “ar falante” genérico e sem depreensão dos figurantes, tanto nos
discursos sobre tarimbas como vozes sonegadas dos púlpitos da atenção geral. As vozes graves ou agudas, doces ou roucas por tanto urrarem. Enfim, vozes de diferentes estilos os posicionamento, esquerda ou direita, face à cadência que dita a batuta do poder.
Vagueando nestas
duas justaposições, os “fazedores de opiniões”, vulgo os estrategos da vernacularização,
mais não fazem que hierarquizar a própria estrutura da dita "classe politica", agrilhoando pontuações dos mais ou menos cotados entre os pares. Estreitam ou aviltam as lides
para a consagração dos arautos da classe politica, antes ou durante as fazes da
ocupação do assento na governação. Sempre facilitam a apropriação vulgar reinante, que se trata e fica retratado, de uma espécie de gente diferente, uma "classe" que é dominante, avalizada que é a nova classe... politica.
São estes, os novos maestros da sinfonia social, uma sub-estirpe de radicais livres, ocupantes de dois ou mais
lugares em simultâneo, com toda liberdade de acção, os “livres” no opinar,
“radicais” no seu distanciamento ao centro da decisão, que fazem o próprio centro por onde gravitam. Estes obreiros estatutários,
não pertencendo a classe operária nenhuma, e por não terem classe obrigatória,
verbalizam as correntes de pensamento desprovidos do pulsar de todas as
restantes classes, pelo que, são de grosso modo, classe a parte ou
desvinculada. São os sinónimos livres.