sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

A Lobo A

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Começou pel'O Esplendor de Portugal, e Pela Ordem Natural das Coisas exclamou:
O Meu Nome é Legião! E avisou no Livro das Crónicas - Não Entres Tão Depressa Nessa Noite, dando A Explicação dos Pássaros, porque a Memória de Elefante lembra até Os Cús de Judas, guarda o Conhecimento do Inferno e o Tratado das Paixões da Alma. No Fado Alexandrino desenhava-se o Auto dos Danados e As Naus, indagando-se Que Farei Quando Tudo Arde? D'este viver aqui em papel descripto - Cartas da Guerra, decerto ou talvez A Morte de Carlos Gardel. O Manual dos Inquisidores ensina na História do Hidroavião, a dizer Boa Tarde Às Coisas Aqui em Baixo... por isso, Eu Hei-de Amar Uma Pedra, mesmo porque Ontem Não Te Vi Em Babilónia, O Arquipélago da Insónia.
Eis o retrato, do trato nos títulos deste mestre que a tudo dão sentido... António Lobo Antunes.
Médico e Escritor, um Lobo entre dois A's.

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