quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Portugalidade Europeia

 A OPORTUNIDADE EUROPEIA DA CRISE
A CONTESTAÇÃO SOCIAL DOS PAÍSES DO SUL DA EUROPA FACE À AUSTERIDADE IMPOSTAS PELO SISTEMA COMUNITÁRIO, com liderança das posições alemãs, mostra ser uma oportunidade para a resolução da ambiguidade socio - económica entre os países do euro, e consequentemente, o afastamento entre os 27/28 países Unidos.

Uma federação europeia pode delinear-se, desde já, com o assumir da necessidade da resolução dos problemas económicos, tendo como pano de fundo, o tratamento por igual, nos orçamentos dos estados, na harmonização fiscal e social, com politicas comuns ao nível da encomia e dotação dos mecanismos necessários ao BCE para agir como um verdadeiro Banco Central, não só capaz de financiar diretamente os países, mas como providenciar meios aos projetos de desenvolvimento que assim aproximem os países e produza mais-valias na transação de mercadorias e bens, que pela LIBERDADE CULTURAL dos povos assim unidos, apontem numa direção inequívoca de uma federação europeia de moeda única, com um fito único no posicionamento global dos mercados financeiros, o da independência e soberania europeia, perante a especulação e usurpação das disputas monetárias internacionais. 
O exemplo do incompleto projecto TGV Europeu, pela sua importância, deveria ser assim repensado, dentro de uma verdadeira harmonização política social e económica, seria a alavanca para a união dos estados. Poderia ter sido o primeiro passo para uma Federação Europeia, mas perdeu-se essa oportunidade.
Cabe pois aos países do sul, mais afetados pela especulação financeira, e incapazes de resolverem as dificuldades de acesso ao crédito, a reunião de esforços, para o assumir da União Europeia, de que para tempos difíceis as soluções por vezes mais simples, são a saída e ponto de partida para grandes causas… o sonho europeu.

O apoio aos governos do sul da europa, está na exigência que a cidadania demanda e expressa, nas grandes manifestações sociais da Grécia a Portugal, que abrangem a França e Espanha, incluindo na Itália o posicionamento do Vaticano, e até a refletida alteração de posição da Alemanha, face às medidas de austeridade que defendia, pela  força da evidência manifesta, dos governos em dificuldade económica.
A economia interna do mercado europeu é o valor que deve preponderar nas políticas e estratégia financeira europeia. Pelo direito inalienável ao emprego, à felicidade.

A compreensão pelos restantes parceiros sociais, do norte europeu, na escolha do rumo comum necessário para a saída da crise (visto que a própria Alemanha enfrentará a curto prazo das mesmas vicissitudes que já atingem a França) poderá ser motivada pela revolta dos povos contra os parlamentos, os deputados, os políticos, poderá ser a ameaça da rutura do euro, mas será sempre a sapiência governamental da compreensão o caminho mais benéfico para a Europa, ouvindo o seu povo, os povos em comum, cuja ansiedade é uma vida melhor, rumo à paz e igualdade, o direito à liberdade e afirmação cultural, e tudo isto é uma oportunidade única, para o reforço da EU nos conturbados momentos em que vivemos.
Com o reforço do posicionamento do Euro no sistema monetário internacional, devem os governos pensar a CAUSA COMUM, no mercado global a prioridade é a economia interna, o crescimento em harmonia, na aproximação dos países aderentes, e, seja dada a prioridade a tudo que una e aproxime os povos, os estados, no reforço da identidade comum, de forma a garantir as necessidades e ambições dos países aderentes pela causa comum – a cidadania plena europeia.
Uma União Europeia, rumo a uma Federação Igualitária em direitos e obrigações comum, porque constituída pelos povos de culturas diferentes, mas unidas pela paz.

É esta a oportunidade da transformação no seio da EU, começando pelo Parlamento Europeu e Nacionais, na exigência do Labor Pela Causa Comum Solidária.
Pala cidadania europeia, pois que a Europa como projeto, constrói-se dia a dia… e o futuro é agora! Saibam os governantes aproveitar esta oportunidade única, nestes dias excecionais. Poderão ser os políticos a definir o rumo, mas a construção europeia será sempre feita pelos seus cidadãos. A cidadania que exige prosperidade e não austeridade.

Sem a ambição do sonho, a realidade seria um vácuo de ideias.