quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Pela Memória...Pelo Reino!

Rainha Mãe Santa Mª da Conceição Padroeira de Portugal

A Memória...
D. Nuno Álvares Pereira, também conhecido como o Santo Condestável, Beato Nuno de Santa Maria, hoje São Nuno de Santa Maria, ou simplesmente Nun' Álvares (Paço do Bonjardim ou Flor da Rosa) foi um nobre e guerreiro português do século XIV que desempenhou um papel fundamental na crise de 1383-1385, onde Portugal reconquistou a sua independência contra Castela. Nuno Álvares Pereira (vencendo a batalha com a fé na sua visão da Virgem que predissera a vitória no campo de batalha) foi também o 2.º Condestável de Portugal, 38.º Mordomo-mor do Reino, 7.º conde de Barcelos, 3.º conde de Ourém e 2.º conde de Arraiolos.
Camões, em sentido alegórico, faz referência ao Condestável nada menos que 14 vezes em «Os Lusíadas», chamando-lhe o "forte Nuno" e logo no primeiro canto é evocada a figura de São Nuno, ao dizer;

"por estes vos darei um Nuno fero, que fez ao Rei e ao Reino um tal serviço".


Os ronistas contemporâneos, descrevem D. João I como um homem arguto, benevolente e de personalidade agradável, invulgarmente culto para a época, educado pelo então 2º Grão-Mestre da Ordem de Aviz, Dom Martins de Avelar.
O seu amor ao conhecimento passou também para os filhos, designados por Luís de Camões, de "Ínclita Geração": o Rei D. Duarte de Portugal foi poeta e escritor, D. Pedro, Duque de Coimbra o "Príncipe das Sete Partidas", foi um dos príncipes mais esclarecidos do seu tempo e muito viajado, e o Henrique, Duque de Viseu, "O Navegador", investiu toda a sua fortuna em investigação relacionada com navegação, náutica e cartografia, dando início à epopeia dos Descobrimentos, a verdadeira aventura e feito de Portugal.
No reinado de D. João I são descobertas as ilhas de Porto Santo (1418), da Ilha da Madeira (1419) e dos Açores (1427), além de se fazerem expedições às Canárias. Tem início, igualmente, a colonização dos Açores e da Madeira.
D. João morreu a 14 de Agosto de 1433. Jaz na Capela do Fundador, no Mosteiro de Santa Maria da Vitória, sagrada protetora de Portugal na Batalha, sendo o apreço dos portugueses materializado na cunhagem das moedas da “Conceição”, ditado pelas Cortes de 1383 (as primeiras Cortes com a participação do povo) e postas então a circular pelo reino, de Portugal e Além-Mar (excepto as Indias). Clero, Nobreza e Povo unidos no mesmo desejo.

Em resultado das cortes de 1646, nas quais se reconhece como padroeira do reino a Nossa Senhora da Conceição (Lei de 25 de Março), foram mandadas cunhar algumas medalhas, umas em ouro e outras em prata. Posteriormente, estas medalhas foram admitidas como moedas correntes!" (in Blog - O Escudo).

D. João I, foi cognominado O de Boa Memória, pela lembrança positiva do seu reinado na memória dos portugueses; alternativamente, também chamado de O Bom ou O Grande.

A História...
O Escudo foi buscar o nome ao início da II Dinastia. É com o Rei D. Duarte, que o Escudo (moeda) deve o seu nome, quando este decidiu retomar a cunhagem em ouro, "mandando  bater os primeiros escudos", dado que era esta a figura que aparecia representada na moeda, desde D. Afonso Henriques, conhecida por Reis.

O Escudo, como moeda nasce a 22 de Maio de 1911, no seio de profunda reforma do sistema monetário e da recém-abolida monarquia, em 5 de Outubro de 1910).
A designação de Reis, como moeda, não fazia sentido no regime agora Republicano e não real. Subsistiu nos reinados de D. Duarte, D. Afonso V e D. João V, D. José I, D. Maria I e D. João VI.
É com a Guerra da Restauração (1640) que D. João IV Duque de Bragança, asume a Coroa Portuguesa, na  sequência da Revolta de 1 de Dezembro. A Coroa será entregue à N. Srª. da Conceição, por simbólica proteção ao Reino (aos Conjurados),  representado já na bandeira e agora também na moeda. Assim permaneceu o escudo...

A partir de 1991, a entrada no mecanismo de taxas de câmbio do Sistema Monetário Europeu fez o valor do escudo consolidar-se e estabiliza-se face às principais divisas europeias com a adesão ao euro, em 1 de Janeiro de 1999. Nessa data, o escudo valia cerca de 20 vezes menos do que em 1974 (após a Revolução 25 de abril).
O Escudo foi uma moeda instituída em plena República e vigorou até 28 de Fevereiro de 2002, altura em que a primeira moeda republicana, já com 91 anos, deu lugar à nova moeda Euro. As reuniões das cortes dão lugar ao referendo dos povos da Europa.