Morreu o elefante da tribo dos pigmeus.
O elefante já não vivia entre a sua tribo, partira há muito tempo, desde que encontrara o seu amor p’ra lá das montanhas. Nunca esquecera, porém, a sua terra natal, a alma lusa, a quem no seu íntimo profundo, tanto amava, como Abel a seu irmão… mas foi Caín, traído pela inveja e incompreensão, num acto insano digno dos homens pequenos, os pigmeus, quem matou seu irmão, que assim…
Partira para a ilha da solidão, levando junto consigo, a memória, a pena e os pergaminhos para a feitura da Nobel leitura humana. O livro imemorial, a primeira das palavras inscrita nas pedras do mandamento, primeiro; “Amarás…”
E assim viveu José Saramago até hoje, amando, até ao fim da sua vida. Na sua segunda partida, esta definitiva, para as terras planas da memória, leva consigo a graça de tornar os pigmeus… um povo maior.