Umberto Eco sobreavisa a nova geração da Net, com a simplicidade dos grandes homens, deixa também um aviso às sociedades modernas; "As escolas deveriam ensinar a arte da discriminação."
Buda encontrava na paz da solidão, observando uma pedra, todas as formas de vida e a interacção de todas as coisas, as que tinham nome e as desconhecidas. A filosofia oriental designou este estado de atenção como Kundalini, a meditação que transcende os sentidos e eleva o ser humano ao mais profundo e infinito estado, que é per si, o absoluto da vida.
No Ocidente, este sentir da forma como evolui o mundo, fica entregue ao pensar dos poucos intelectuais, para quem o pensamento serve de descoberta, mais um meio, entre as formas de Arte apreendidas, para que o Homem se encontre consigo mesmo, e supere o fatal destino desconhecido, a própria morte, buscando no pensar, a compreensão do significado mais profundo do Viver.
Umberto Eco: "A educação deveria regressar às estratégias das oficinas da Renascença. Aí, os mestres podiam não ser capazes de explicar aos alunos por que razão uma pintura era boa em termos teóricos, mas faziam-no de maneiras mais práticas. Olha, isto é o aspecto que o teu dedo pode ter e este é aquele que deve ter. Olha, esta é uma boa combinação de cores. A mesma abordagem deveria ser utilizada nas escolas quando se lida com a internet. O professor deveria dizer: "Escolham qualquer assunto: a história da Alemanha ou a vida das formigas. Pesquisem em 25 páginas web diferentes, comparando-as, e tentem descobrir qual tem informação importante e pertinente". Se dez páginas disserem a mesma coisa, pode ser sinal de que essa informação está correcta. Mas isso também pode acontecer porque alguns sites se limitaram a copiar os erros dos outros."
É desta forma simples que Eco explica como podem os Sites da Net ser tão comuns ou tão importantes, tal como o ensinamento de um sábio ou dito de um ignorante, como destrinçar o bom e o mau, no mesmo meio ambiente... Porque, Navegar é Preciso!