segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Os Putrefactos da Lusa Pátria

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NÃO, NÃO ACREDITO

Não, não acredito…
Não acredito num Portugal assim
Neste troar de ventos da tempestade

Entre os justos da pobreza desdita
E os ricos sem nobreza que alvitram
Desenhando o país que se fica

Não, não acredito…
Num presidente que não comenta
Não acredito, friso, nem confio
Num primeiro-ministro que mente

Da bondade dos poucos, sendo muitos
Não acredito, nem nisto nem naquilo
Que dizem ser bom, ou estará tudo louco?!
Que de bom fica, se tantos transtorna?

Este Portugal de agora que se tolhe
Entre o passado e futuro, neste presente
Revolta os ventos e da lisura os torna
Em tornados nefastos e desventurados

Não, não acredito…
Neste presente, sem reino
Nem acredito qu'em dar, não s'espere receber

Poemas d’Outono de 2009 MIM
(não editado)

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