sexta-feira, 30 de maio de 2008

Maio da Liberdade


Da Liberdade, resta o caos do capitalismo, os sonhos foram "consumidos" pela sociedade da obesidade... é o resto do Maio de 68, um tsunami de lágrimas dos estudantes revoltados, que afoga todos os desprotegidos da terra. Sobra pouco do "proibido proibir" nas novas regras implementadas pela civilização do medo... ameaçadas com a farsa da penúria petrolifera. Os poderosos da economia engoliram os trovadores da vida, já pouco resta dos "cânticos dos cânticos" e nada mais sobra do hino da alegria. Todo o Ocidente se tolhe e esconde dos pobres de Africa, como se fechar os olhos à fome pudesse espelhar a igualdade dos direitos do homem. Quando Cohen Bandit foi expulso para o seu país natal (Alemanha), regressou a França com o cabelo pintado de loiro, clandestino, para que a revolução não esmorecesse... hoje a Fraternidade é pregão das armas, que pelo fogo, forjam democracias nos países conquistados, tal escravos da nova roma, súbditos dos novos reis das nações emergentes... e tudo isto acontece em júbilo, no ano dos jogos da paz. Do slogan anarquista "a imaginação ao poder" apenas resta quiçá, um poema de amor perdido nas dunas do Sahara, um alquímista proscrito na terras do conflito entre irmãos, ou de Maio, sómente, restam as flores de Gaia, amarelas, enfeitando a orla dos caminhos do homem rumo a uma civilização desconhecida e ameaçadoramenmte presente. É Maio que termina... um sonho que acaba. Outra divindade chegará, talvez Junho de cabelos pintados de vermelho, encarnando Marte, e empunhando a espada de Sansão possa vir reavivar aquela chama, que em 1968, mudou o mundo... agora que o mundo muda! O Mundo não é um paradigma... "é uma bola, colorida, nas mãos de uma criança".

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